e, naturalmente, eu sou uma pessoa deslumbrada pela vida, eu me emociono com coisas simples, então qualquer pôr do sol já enche meus olhos d'agua (eu sou canceriana, é bom salientar). mas não tinha nada que me afetasse nesse ponto. nem ouvir gloria groove cantando radar me arrepiava mais. então eu entrei num ciclo vicioso de ficar mal por estar mal e daí pra frente foi só pra trás.
13.3.23
a vida é irada (mas nem sempre)
a vida é irada (mas nem sempre)
3.3.23
a volta dos que não foram ou o meu retorno pro mundo dos blogs
a última vez que eu escrevi aqui foi em 2016, o post de 2020 foi de outro blog que eu criei bem no início da pandemia e não dei continuidade, então redirecionei pra cá. nesse meio tempo, eu abri outro blog no wordpress, fiz um podcast, fiz textões no instagram, comecei cadernos criativos, enchi meu bloco de notas de reflexões aleatórias, escrevi muitas coisas que hoje eu nem concordo mais.
desde que eu me lembro dessa minha vida aqui na terra, eu gosto de contar e ouvir histórias, talvez por isso comece tantos projetos seguindo esse viés e tentando dar um rumo pra minha criatividade. mas eu me cobro muito e isso faz com que tudo que nasce bonito e fluido se desfaça em crítica e ansiedade.
aí de uns tempos pra cá, depois de muitas crises existenciais (muitas mesmo), em que eu neguei coisas muito intrínsecas sobre mim (e podemos falar disso num outro dia), eu passei a tentar me reconectar comigo, naquele processo bem clichê e necessário que todo mundo passa pelo menos uma vez na vida. só que hoje em dia, com tanta informação jogada na nossa cara num deslize no feed, isso fica um pouco mais difícil - principalmente quando se está sem terapia.
[aliás, aquele conceito de low profile serve pra quem fica menos tempo nas redes sociais ou só pra quem posta pouco? porque eu não posto quase nada, mas gasto horas e horas e horas do meu dia em frente ao celular]
a volta dos que não foram ou o meu retorno pro mundo dos blogs
21.3.20
Ficção, caos e pandemia
Para quem não conhece a história, um resuminho rápido: Em uma cidade não-nomeada, gradativamente toda a população fica cega, com a exceção de uma mulher. Por acreditarem que se trata de uma doença contagiosa, o governo isola os primeiros cegos num manicômio abandonado. A quarentena, a preocupação com o que está acontecendo e não podemos ver, nem controlar, o desejo de que tudo isso passe o quanto antes, o medo do que pode acontecer, a saudade das pessoas que amamos, a indignação com a desigualdade e tantas outras coisas nos conectam aos cegos do Ensaio sobre a Cegueira.
A mulher do médico, por muitas vezes, deseja não ver para não precisar lidar com todo caos ao seu redor, assim como dorme e acorda pensando em como seria bom se todo o tormento passasse logo. Além disso, ainda reflete sobre a importância de enxergar em meio aos cegos. E essas são sensações que conhecemos bem. Durante o isolamento vem a ansiedade, o desespero... As fakes news rondando as redes sociais, a desigualdade social sendo evidenciada a cada minuto, os limites nas relações humanas sendo colocadas à prova na disputa por álcool em gel. E assim o caos vai se instalando.
17.7.16
Particular
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16.7.16
Nos detalhes
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